sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ser feliz


Oi, gente!


Como dizia Clarice Lispector: "Não tenho tempo para mais nada; ser feliz me consome muito". Ah! Ser feliz me consome! Mas o que é a felicidade, a alegria? Bem, eu fujo às convenções ditadas pelo capitalismo, fujo do consumismo desenfreado. Felicidade para mim é comprar um bom livro, aprender, estar no Lar de Frei Luiz (e como isso me faz feliz!), conversar com os meus amigos, descobrir novas possibilidades. Enfim, a vida me faz feliz...

Não intento "luxo nem lixo", como diz a Rita Lee, mas o possível, aquilo que está ao meu alcance. Infelizmente, o imediatismo consumista gera essa neura do gaste agora, vale a pena. Há tantas coisas melhores...descobrir-se é uma delícia, embora possa ser muito doloroso também. Mas o bom é que a gente pode se ajeitar e isso é sempre processual. Reformular-se, adotar novas posturas diante da vida, novo olhar sobre si e, consequentemente, sobre o mundo é mágico...embora, repita, processual. Certa vez, vi uma família que morava no meio do caminho de um "monte" utilizado por religiosos (creio que em sua maioria protestantes) na busca da purificação pelo contato com Deus. A casa era simples, similar a que vi no antigo "Sítio do Pica Pau Amarelo", onde morava o personagem "Tio Barnabé". Ali, não havia nada, nada...nem luz elétrica. Mas a vibração, a energia, era maravilhosa. E aquela família, longe de computadores, luxo, carros, apartamentos caros, etc, etc, etc, VIVIA. Seus membros acolhiam os "peregrinos", dando-lhes palavras de conforto e paz, animando a caminhada (que não era fácil). Pois é, gente, não quero ser piegas ou encomendar sermões ou reforçar clichês, porque todos nós fomos criados para ter certo conforto (acho que isso veio em nossas mamadeiras). Apenas penso que a gente pode inventar outros modos de ser feliz. É claro que amo viajar (principalmente se for pra Porto Alegre ou pra Serra Gaúcha....ah! sou uma "cariúcha"!), gosto de ter acesso às coisas boas. Mas ser feliz, para mim, não se resume a isso. Tem gente que acha que o casamento irá trazer a felicidade...tudo é relativo, não é? Amealho as pequenas coisas cotidianas para me fazerem feliz, "posar de artesã" me faz feliz, ler me faz feliz, trabalhar pelo próximo me faz muuuuuuito feliz, o respeito me faz feliz, escrever me faz feliz, inventar me faz feliz, ver que acertei me faz feliz... são tantas coisas! O que quero dizer é que inventar a vida diariamente me faz feliz! Por isso, termino esse delírio mais uma vez com a frase de Clarice Lispector, tal como comecei: "Não tenho tempo para mais nada; ser feliz me consome muito".

That´s all, folks!


Beijos reinventados

2 comentários:

  1. E MUITO CONFORTANTE LER SEU BLOG POIS PASSAREI POR ESTA CIRURGIA EM BREVE E ESTOU APAVORADA . O PIOR EU SÓ TENHO MEU MARIDO , PARA ME AJUDAR NESTA LUTA E ISTO ME DA MUITO MEDO. MAIS PROCURO FORÇA NAQUELE QUE PODE ME FORTALECER QUE EE DEUS .
    UM GRANDE ABRAÇO
    CRISTINA

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  2. Que bom, Cristina! Tenha fé e acredite sempre! Td vai dar certo!

    Abraços!
    Alê

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